
Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – V Edição (DSM-V), o Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurológico caracterizado pela desatenção, hiperatividade e impulsividade que atinge diretamente o funcionamento e o desenvolvimento da criança. O comportamento de desatenção é manifesto por distração em tarefas, falta de persistência, dificuldade em manter o foco e acentuada desorganização, não caracterizando uma falta de compreensão e falta da capacidade de pensar e resolver desafios. Entende-se por hiperatividade o excesso de agitação motora fora do contexto e do desenvolvimento em momentos não apropriados, por exemplos: correr, mexer, batucar. Quanto a impulsividade é marcada pelas atitudes precipitadas e imprudentes causando danos a si mesmo, não medindo e nem antevendo as possíveis consequências de suas ações.
Para que se obtenha o diagnóstico, de acordo com o DSM-V e a Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamentos da CID-10, é preciso que os sintomas persistam por no mínimo seis meses, no qual a criança corresponda a pelo menos seis ou mais comportamentos que descrevem os critérios relacionados a falta de atenção, hiperatividade e impulsividade no âmbito escolar e familiar. Esses comportamentos devem apresentar em um “grau excessivo e mais severo” do que à aqueles comportamentos referente ao desenvolvimento normal da infância.
Além dos questionários, é imprescindível a compreensão do conhecimento científico do desenvolvimento humano físico, cognitivo e psicossocial e as fases de cada uma delas, juntamente com a visão clínica teórica e pratica profissional, anamnésia minuciosa com os pais, professores e outros profissionais que estejam engajados no tratamento da criança para obtenção da coleta de dados, o histórico familiar e da criança, observação clínica com a criança, testes psicológicos, dentre outros.
Compreendemos acima que o TDAH é um transtorno neurológico e seus sintomas podem advir de múltiplos fatores de risco relacionados não somente pela genética e biológica, mas também pelas psicológicas e ambientais, visto que, os fatores que mais atingem nossas crianças atualmente, prejudicando sua saúde mental são os fatores ambientais e as psicológicas, agravando para o aumento e a manutenção dos sintomas e para o número alarmantes de crianças diagnosticadas com o TDAH. Entretanto, não necessariamente a criança esteja com o distúrbio neurológico propriamente dito, e sim, gerando sintomas somáticos que correspondem ao meio em que a criança está inserida, querendo nos dizer que algo está errado, recebendo com facilidade rótulos de serem TDAH. Portanto, precisamos compreender que os conteúdos emocionais devem ser levado em conta na hora de dar o diagnóstico.
Os tratamentos para o transtorno citado varia conforme a existência ou não de outras doenças associadas, na maior parte dos casos são mediante a prescrição de fármacos, psicoterapia e equipe multidisciplinar nos casos mais severos.
Para maiores informações consulte um especialista
ESCUTA PSÍQUICA
Rua José Teixeira d'ávila 3391
Telefone: (44) 3038-2010
Umuarama - PR